AS
MEMÓRIAS DE PLANALTO DO SUL (2003)
Este trabalho foi realizado no
ano de 2003 quando este professor trabalhava na EE João da Cruz Mellão. O
trabalho teve início após uma conversa entre o então coordenador pedagógico da
escola (José Francisco de Lima) e eu numa HTPC. As seguintes pessoas foram entrevistadas:
Aleixo
Lemos de Sousa
Idade:
44 anos
Local
de nascimento: Belo Horizonte, MG
Aparecida
Nacbar Puro
Idade:
83 anos
Local
de nascimento: Dois Córregos, SP
Idejalma
José dos Santos
Idade:
54 anos
Local
de nascimento: Presidente Venceslau, SP
Jaime
Ananias Barbosa
Idade:
61 anos
Local
de nascimento: Macaúbas, BA
Manoel
Chaves Filho
Idade:
75 anos
Local
de nascimento: Jequi, BA
Maria
de Lourdes Sousa Leite Marin
Idade:
63 anos
Local
de nascimento: Presidente Venceslau, SP
Ramiro
Francisco de Eugênio
Idade:
76 anos
Local
de nascimento: Bonito de Santa Fé, PB
Sueli
de Fátima M. Pereira
Idade: não informada
Local
de nascimento: Presidente Epitácio, SP
Foto 1 – Governador Abreu Sodré com o seu sogro João
Mellão.
João da Cruz Mellão foi uma das pessoas que ajudaram muito no
desenvolvimento de Planalto do Sul, pois ele doou boa parte da atual área
urbana para que fosse construído um núcleo colonizador próximo à Fazenda Água Sumida
(atual Fazenda Santa Maria). João Mellão, como preferia ser chamado, nasceu em
São Manuel-SP, em 25 de dezembro de 1890, segundo João Mellão Neto, “seu avô
era um de nove filhos de um sitiante pobre de São Manuel. Em 1918 se mudou para
a cidade de Santos, onde fundou no ano de 1925 a Mellão Nogueira – Comissários
Exportadores, que se tornou na década de 1950 em uma das três maiores
exportadoras de café do mundo. Com os lucros provenientes do negócio do café,
começou a desbravar fronteiras plantando o produto. Foi um dos pioneiros no desbravamento
da região de São Manuel-Avaré, dando o seu nome à principal estrada rodoviária
da região, a SP-255 – Rodovia João Mellão. Em 1943 fundou um banco, o Banco
Brasileiro para a América do Sul, Brasul, um dos quinze maiores da época. Foi o
segundo maior plantador de café do estado de São Paulo. Na década de 1930,
dedicou-se a desbravar a região do Pontal do Paranapanema, levando
infra-estrutura para a região e se tornando um grande proprietário rural dessa
localidade. O Distrito de Planalto do Sul, provavelmente nasceu em função de
seus empreendimentos no local. Militou na política apoiando Jânio Quadros em
toda a sua carreira e, graças à sua influência, elegeu seu genro, Roberto de
Abreu Sodré, como governador de São Paulo em 1967. João Mellão faleceu em um
atropelamento na cidade de São Paulo no ano de 1970, nessa época estava com 79
anos de idade; residia na cidade de São Paulo desde 1937. Deixou um banco e
cerca de 40 fazendas de alta produtividade, de café e gado.”1
Foto 2 - Governador Roberto de Abreu Sodré, em pé, discursando em 1967
Roberto de Abreu Sodré era filiado à UDN (União Democrática Nacional), apóia e participa do Golpe Militar de 1964 (que na sua visão é adjetivado de movimento revolucionário e democrático) e com a criação do bipartidarismo, ele adere à ARENA (Aliança Renovadora Nacional), Abreu Sodré sempre foi fiel às diretrizes programáticas da UDN e da ARENA (sucessora e herdeira natural da UDN). Tanto a UDN, quanto a ARENA defendiam os interesses dos grandes proprietários rurais. Jânio Quadros, que já foi vereador, deputados estadual e presidente do Brasil, foi filiado ao PDC, UDN e PTB-pós 1982, partidos que também defendiam os interesses dos grandes proprietários rurais. No caso de Jânio Quadros, ele utilizava as agremiações políticas como instrumentos para realizar os seus desejos e não vacilava em mudar de Partido se este não o apoiasse.
Foto 3 - Roberto Sodré no cargo de Ministro das Relações Exteriores recebe Fidel Castro
Segundo
documentos emitidos pela então sub-prefeitura do Distrito de Planalto do Sul
(gestão de Gerson Caminhoto), o povoado que deu origem ao Distrito de Planalto
do Sul se formou a partir de 1945, portanto o povoado que deu origem ao
Distrito de Planalto do Sul é mais antigo que o povoado que deu origem à cidade
de Teodoro Sampaio. O nome Planalto do Sul vem do fato do local ser situado no
alto de uma das inúmeras colinas aplainadas da região, como já existia uma
cidade na região de São José do Rio Preto com o nome de Planalto, o Distrito
passou a ser chamado de Planalto do Sul e foi oficializado como tal pela Lei
Estadual nº
4954 de 27 de dezembro de 19852.
As divisas de Distrito de Planalto do Sul são: ao
norte (Presidente Epitácio e Marabá Paulista) ou pelos rios Ribeirão da Lagoa
(Água Sumida) e Rio Paraná; ao sul (Teodoro Sampaio) ou pelo rio Ribeirão
Cuiabá; ao leste (Mirante do Paranapanema) ou pelo rio Ribeirão Água das
Pedras; e a oeste (Euclides da Cunha Paulista e Rosana) ou pelos rios Córrego
das Ivas e Córrego da Posse3. O Distrito de Planalto do Sul está
distante 30 km de Teodoro Sampaio, 72 km de Presidente Epitácio, 32 km de Porto
X e 53 km da Destilaria Alcídia4. Atualmente Planalto do Sul
tem uma população de 1114 pessoas na
parte urbana5, com 1634 eleitores distribuídos em cinco seções
eleitorais6 localizadas na EE João da Cruz Mellão.
Foto 4 - Vista da sede da Fazenda Santa Maria na década de 1970
Foto 5 - Outra vista da sede da Fazenda Santa Maria na década de 1970
A Senhora Aparecida Nacbar Puro chegou
junto com o seu finado marido (Lourenço Puro) ao Planalto do
Sul em 1957, nessa época havia algumas casinhas isoladas, pastos e uma mata
nativa com diversos animais selvagens (onças, macacos, veados, capivaras). O
finado marido da senhora Aparecida Nacbar veio para ser o novo administrador da
Fazenda Água Sumida (fazenda que na época possuía 18 mil hectares). A pedido do
novo administrador da fazenda Água Sumida, João Mellão doou as terras
que deu origem a uma parte de Planalto do Sul (Ruas 9, 15, 11 desde a
Rua 2 até a Rua 18) , segundo sr. Manoel Chaves quem recebeu estas terras e as
loteou foi Luís Xavier de Mendonça. A outra parte das terras que deu origem ao
Planalto do Sul (núcleo original) pertencia a Luís Xavier de Mendonça. Era na
parte doada por Luís Xavier de Mendonça, que se encontravam a pequena igreja de
madeira e a escolinha de madeira, que se localizavam próximos do local, onde
hoje, está o reservatório da Sabesp, no final da Rua 4, na saída para Cuiabá Paulista.
Sr Manoel Chaves chegou na região de Marabá Paulista
em 1947 e ficou até 1955, depois foi
trabalhar na serraria da fazenda Água Sumida no Distrito de Planalto do
Sul entre 1955 e 1961.Quando chegou em
Planalto só havia duas pousadas no local e algumas casas, eram nessas pousadas que
os ônibus que vinham de Presidente Venceslau, Terra Rica e Santo Anastácio
tinham suas paradas para descanso. Os primeiros moradores da região foram: o
alemão Elias Soloveu e João Gonçalves da
Rocha. Manoel Chaves comprou a pousada de Luís Xavier de Mendonça em 1961,
nessa pousada tinha um restaurante e pensão para os viajantes. Entre 1957 e
1960 existiu um posto de gasolina em Planalto do Sul (onde hoje é a casa
de Nelson Gordo) e que pertencia a João
Gonçalves da Rocha, que vendeu o posto mais tarde para Lourenço Puro. O posto
de gasolina funcionou pouco tempo, pois Lourenço Puro deixava o filho Amauri
tomando conta do posto e de um bar na maior parte do tempo, muitas pessoas pegavam gasolina fiada e não
pagavam, dessa forma o posto foi à falência. O atual posto de gasolina
pertencia a Lázaro Siqueira e foi aberto em 1993.
O Sr. Ramiro Francisco de Eugênio chegou na região
onde é hoje a fazenda Santa Ida em setembro de 1951 e passou a trabalhar para
o dono da fazenda, sr. Carlos Martins de
Oliveira. Nessa época as pessoas derrubaram a mata e começaram a plantar café,
que passou a ser o principal produto da região. Neste mesmo ano de 1951 o sr.
Ramiro Francisco conta que, no Planalto
havia uma pousada que pertencia a Elias Soloveu e um bar um pouco afastado do
povoado que pertencia a João Gonçalves da Rocha., além de umas casinhas
isoladas. Era na pousada de Elias Soloveu que os ônibus que vinham de Pres.
Venceslau em direção a Terra Rica faziam parada para descanso. Segundo o sr.
Ramiro a estrada que ligava o Planalto
ao Paraná foi construída com o objetivo de desbravar toda a região onde se
encontra Euclides da Cunha e Rosana, o norte do Paraná e o sul do então Mato Grosso. Do lado do Paraná foram
criadas várias colônias que deram origem a Terra Rica e outras cidades, o empreendedor dessa vasta região foi Ênio Pepinio, que recebeu uma preciosa ajuda
do então governador de São Paulo Ademar de Barros (no mandato de 1947 a 1951). Antes da construção desta estrada não havia
civilização além do Planalto em direção à Rosana e ao estado do Paraná, era tudo uma imensa mata
selvagem e virgem com muitos animais: onça, jacu, porco do mato, veado,
tamanduá bandeira mirim, etc. De acordo com
Jaime Ananias, toda essa mata virgem foi sendo derrubada aos poucos
pelos fazendeiros, grileiros e seus jagunços, que retiravam as madeiras nobres
(peroba, ipê, cedro, cabreúva, etc) que eram vendidas para as inúmeras
madeireiras, que transformavam as madeiras em dormentes da estrada de ferro
Ramal dos Dourados.
Foto 7 - Serraria da Fazenda Santa Maria na década de 1970
O sr. Jaime Ananias era filho de um ex-jagunceiro que
atuou na área onde é atualmente a sede do Morro do Diabo, ele e seu pai
chegaram nessa área em 1950. Ele conta que,
muitos fazendeiros da região de Teodoro Sampaio aumentavam as suas posses utilizando-se de
jagunços e grilando as terras do Estado, sem esses jagunços seria impossível
manter uma grande quantidade de terras em seu poder. O Estado, por sua vez,
tentou expulsar os jagunços e grileiros
das terras públicas, muitas vezes essas ações eram inócuas, já que grande parte
dessas terras, ainda hoje, estão nas mãos desses fazendeiros e seus herdeiros.
Em 1953 Jaime Ananias já morava na antiga Fazenda Era Nova (onde hoje se
encontra a bifurcação das estradas que vão dar na Fazenda Santa Ida,
Assentamento Água Sumida e Planalto do Sul) e trabalhava nos cafezais da Fazenda Promissão, sendo assim, ele passava
sempre pelo Planalto do Sul. Em 1971 o sr. Jaime passou a morar em Planalto do
Sul.
O Planalto
cresceu a partir da pousada de Elias Soloveu,
que ficava na atual Av. Ademar de Barros. As famílias de Planalto
trabalhavam na lavoura (amendoim, algodão, mamona, milho, feijão e café). A
lavoura mantinha o crescimento e a economia do local, quase tudo era comprado
ali mesmo, o que faltava era buscado em Venceslau. Também existia uma serraria
no Planalto (que funcionou inicialmente na fazenda Água Sumida e que fechou em
1984). Até 1984 as famílias que mexiam com a lavoura conseguiam guardar
dinheiro, resultado da lavoura, essas famílias costumavam arrendar e tocar dois
ou três alqueires de terras, tudo na mão, machado e sem o uso de maquinários.
Trezentos alqueires de terras davam para até cem famílias e elas que
movimentavam o comércio de Planalto, nessa época havia muito comércio de secos
e molhados. O declínio da lavoura começou a partir de 1984, quando por má fé
dos arrendatários da época ou pela ação do sindicato de trabalhadores rurais de
Teodoro Sampaio começou a luta pelo uso-capião, com isto os fazendeiros
deixaram de arrendar as suas terras para os pequenos colonos e passaram a criar
gado ou a arrendar as terras para
produtores de soja e cana de açúcar. De 1984 para cá o comércio começou a fechar
aos poucos. Em 1984 o comércio de secos e molhados do sr. Manoel Chaves chegou
a ter seis funcionários e hoje somente ele trabalha na sua vendinha.
Foto 8 - Carnaval Tropical de 1993 em Planalto do Sul
Atualmente o principal comerciante da cidade é o sr.
Aleixo Lemos de Sousa, que chegou ao Planalto em 1962 quando tinha dois ou três
anos de idade, a sua família mexia com lavoura. Em 1977, Aleixo vai para São Paulo, voltando em 1990, a partir daí se
dedica ao comércio, no início ele teve muita ajuda do sr. Manoel Chaves para
estabelecer o seu comércio e hoje ele é o principal comerciante da cidade e
dono também do atual posto de gasolina. Nos dias atuais quem ajuda a manter o comércio do Planalto são os
trabalhadores da Usina Alcídia que moram em Planalto e os pais e alunos do
assentamento Água Sumida. O assentamento da Água Sumida começou a ser uma
realidade a partir de 1984, isto fez com que muitos dos antigos colonos
deixassem de trabalhar nas terras dos outros para trabalhar na sua própria
terra.
Durante a gestão do prefeito Gerson Caminhoto houve uma melhoria urbana no Distrito de Planalto do Sul com a criação da Sub-prefeitura, nessa época foi realizada a duplicação da Av. Ademar de Barros, a construção de uma praça destinando espaço para equipamentos públicos (posto de saúde, posto policial, posto do correio e posto telefônico) e a desapropriação de terras para a futura construção de casas populares (casas que estão em construção atualmente e que foram conseguidas para o Distrito na gestão Caminhoto), a criação de uma creche, além da instalação de um posto bancário do Banespa inaugurado em setembro de 1994. Nesse período o Rodeio de Planalto do Sul passou a ser um dos mais importantes de toda a região, só perdendo em importância para o rodeio de Pres. Prudente, junto com esses rodeios ocorria também uma feira agropecuária. Nesse período também acontecia o Carnaval Tropical do Planalto do Sul. O surto desenvolvimentista que ocorreu nesse período foi um “sonho em uma noite de verão” que deixou marcado o Distrito de Planalto do Sul com novos equipamentos sociais e sensíveis melhorias urbanas. Para muitos moradores o único prefeito que deu atenção ao Distrito de Planalto do Sul foi Gerson Caminhoto, que é saudado como um grande prefeito até hoje por muitos populares. Enquanto outros moradores fazem críticas em relação a algumas atitudes autoritárias que prejudicaram sitiantes do Distrito, uma parte destes criticam também as posturas pessoais (privativas) do chefe do executivo municipal. Os críticos, do então prefeito, alegam o descumprimento de leis municipais e orçamentárias, favorecimentos a amigos, etc, o que levou a Câmara Municipal da cidade a decidir pelo afastamento do prefeito Gerson Caminhoto de suas funções. No entanto, depois desta gestão não houve grande empenho dos prefeitos para com o Distrito de Planalto do Sul.
Foto 9 - Avenida Adhemar de Barros antes da duplicação feita na gestão Caminhoto
Foto 10 - Desfile da fanfarra da cidade de João Ramalho numa atividade cívica em novembro de 1993. No lado direito em cima do palco, e com microfone na mão, o então prefeito Gerson Caminhoto
Foto 11 - Apresentação de paraquedista em Planalto do Sul em 1993
A atual estrada sem asfalto foi construída entre 1955 e 1956, o que fez melhorar a integração com a então vila Teodoro Sampaio. O asfalto desta estrada só chegou entre 1981e 1982 com o então governador de São Paulo, Paulo Maluf (1979-1982). Antes do asfalto e na época de chuvas as estradas eram intransitáveis, as pessoas ficavam isoladas no Planalto por dias e dias, até que melhorasse o tempo ou a prefeitura desse um jeito na estrada.
No início
dos anos 60 havia uma empresa de
transporte chamada Santo Antonio, que
vinha de Pres. Venceslau até Planalto do
Sul, que usava antigas jardineiras para
transportar roceiros e sitiantes até
Marabá ou Vensceslau, a Santo Antonio atuou até o ano de 1965. A empresa Mar
Azul ligava Pres. Prudente até Terra
Rica, passando por Mirante do Paranapanema, Cuiabá Paulista, Planalto do Sul e
pelas terras das atuais Usina Alcídia e Fazenda Santa Rita, depois se encaminhava para Terra Rica. A
empresa Mar Azul existiu até 1970,
quando foi comprada pela Andorinha, antes disto as duas empresas eram
concorrentes. A esposa do sr. Idejalma , Almerice Vieira dos Santos,
costumava pegar a jardineira (ônibus)
para ir até Venceslau ou Marabá, e normalmente dividia o espaço com pessoas,
galinhas, porcos e cachorros, todos os espaços da jardineira eram ocupados,
inclusive a parte de cima do ônibus. Dona Aparecida Nacbar reclamava de algumas
jardineiras que eram velhas demais e de vez em quando uma delas virava no meio
da viagem, de tão carregada que era, quando isto acontecia, as pessoas tinham
que continuar o percurso a pé, mas aí tinha o problema das onças que andavam
nas matas e cruzavam a estrada de terra. Já segundo o sr. Ramiro, era difícil de encontrar uma onça durante o dia, pois elas costumavam
perambular e caçar nas matas por volta das quatro horas da manhã, no entanto
era comum ver as pegadas e rastros das
mesmas, ele chegou a ver muitos rastros e pegadas de onças próximos de sua
propriedade.
Foto 12 - Amauri Passos com o seu ônibus fazia transporte de Planalto do Sul para Presidente Venceslau na década de 1970
Durante muito tempo os moradores do Planalto do Sul tinham dificuldades para sair do local e fazer compras em outras localidades, o que beneficiou o comércio local, pois não havia estradas boas, as famílias não tinham automóveis, muitos não tinham nem bicicleta, “quem tinha um carro naquela época era rei”, segundo Aleixo.
O abastecimento de água do Distrito começou a
ser feito depois que o DAE de Teodoro Sampaio assumiu o compromisso de enviar água ao Distrito, que passou para as mãos da Sabesp somente em 1973.
Segundo o Sr.
Manoel Chaves as terras que formaram o Distrito de Planalto do Sul foram
doações de João da Cruz Mellão que doou 500 alqueires de terras para Luís Xavier
de Mendonça, este dividiu as terras em pequenos lotes de 4 a 10 alqueires. Numa
pequena parte destas terras foram construídas a escola e a Igreja, com
materiais também doados por João da Cruz
Mellão. A primeira escola e a igreja foram construídas onde hoje se
localiza o reservatório da Sabesp, foi por volta de 1968 que a igreja e a escola
se mudaram para o local onde hoje está a
atual igreja e a creche, isto ocorreu na gestão de Sebastião Furlan na
prefeitura de Teodoro, a atual escola (localizada na rua 8) foi construída na
gestão de José Natalício por volta de 1980. A antiga Igreja de madeira foi
desmontada e reconstruída no atual local onde se encontra a Igreja São Judas
Tadeu, alguns dias depois ela foi derrubada por uma forte tempestade e reerguida com a ajuda dos moradores. Naquela
época o padre vinha uma vez por mês de Teodoro Sampaio para celebrar a missa,
quando isto acontecia o padre soltava rojões para avisar os moradores da região que teria missa, que ocorria sempre por volta das oito horas da manhã, e não havia dia certo para a missa, nesses dias a igreja ficava lotada e muita gente assistia a missa do lado de fora da igreja.
Foto 14 - Vista aérea de Planalto do Sul em 1993
As festas e quermesses eram realizadas pela Igreja
Católica com doações de porcos, galinhas e carneiros pela comunidade. Essas
festas eram bem animadas, principalmente quando ocorria leilão de animais doados pela comunidade,
pessoas de outras localidades chegavam para participar das festas e quermesses
do Planalto do Sul. A professora Sueli Pereira, que veio para Planalto do Sul
em 1982, disse que havia bailes num barracão de madeira ao lado da escola
velha, ela disse também que existia uma movimentação de pessoas e do comércio
muito maior que os dos dias atuais.
Foto 15 - Casamento em Planalto do Sul. Da esquerda para a direita: Isaulina Targino e Lourival Targino, Carmélia e Aurélio Martins dos Anjos, José Pinto, Mário Abegão, Lourenço Puro e Aparecida Nacbar Puro em foto da década de 1960.
A maioria dos moradores não tinha rádio até por volta de 1985-87, dessa forma ficavam sabendo com semanas de atraso sobre os acontecimentos do país ou mundo. A situação mudou um pouco na época que o sr. Manoel Chaves instalou um alto-falante que passou a transmitir modinhas feitas pelos moradores, oferecimentos e músicas, comunicados da Igreja, além disto anunciava quando uma pessoa ficava enferma ou morria. Ao entardecer crianças e adolescentes brincavam de “tá quente, ta frio”, “passa anel”, “caí no poço”, “esconde-esconde”, biroca e outras brincadeiras sadias. Segundo o sr. Idejalma as moças eram proibidas de assistirem partidas de futebol para não olharem as pernas dos moços. Os moços não tinham permissão de pegar nas mãos das moças. Os namoros da época só eram permitidos depois de muito tempo e conversa com os pais da moça, os namoros eram bem mais demorados e mais inocentes que os de hoje.
Segundo
a senhora Aparecida Nacbar Puro as pessoas que adoeciam no Planalto do Sul eram
levadas até Mirante do Paranapanema e se fosse mais grave eram levadas para
Presidente Venceslau, isto porque não havia médicos em Teodoro Sampaio, que na
época era também um povoado pequeno. Como não havia ambulâncias na região os
doentes eram carregados em cima de carros de boi. Durante essa longa viagem o
doente podia piorar e morrer na estrada. Os mortos de Planalto do Sul eram
enterrados inicialmente no cemitério de Cuiabá Paulista. Quem fazia os caixões
dos mortos em Planalto do Sul era o sr. Carolino, isto na serraria da fazenda
Santa Maria, que ficava aproximadamente dois quilômetros da cidade. Para cobrir
os caixões eram usados panos branco e azul quando morriam crianças e jovens,
quando morriam adultos e velhos os panos utilizados eram preto e roxo.
Foto 16 - Comemoração de Sete de Setembro de 1971 em Planalto do Sul. Nas foto alunos do Ginásio Estadual do Bairro da Estação (então nome d atual EE João Mellão) em frente ao comércio do sr. Sousa.
Dona Aparecida Nacbar Puro conta um fato estranho que vem ocorrendo há muito tempo e, inclusive nos dias atuais: à noite surge uma luz próxima da mata e que ninguém descobriu o que é ou o que emite essa luz. Dona Aparecida diz que essa luz se transforma em uma mulher e até mesmo em carro, essa luz aparece sempre a mais ou menos 50 centímetros do solo, as pessoas tentam seguir a luz mas nunca alcançaram, essa luz em cor de ouro se transformou em mulher para o seu filho Lauro e outras pessoas. A estranha luz nunca fez mal a ninguém, Dona Aparecida diz que o finado Lino uma vez se encontrou com essa luz e perguntou a ela o que ela queria, se era ouro para arrancar, a luz disse que era uma promessa a ser feita, então Lino não quis arrancar o ouro da luz para não ter que cumprir uma promessa. A neta de dona Aparecida, que se chama Tita, desdenhou dessa luz dizendo que tinha um prazer em encontrar com a ela. Numa noite, quando Tita e algumas colegas estavam voltando de uma fazenda para o Planalto, uma luz amarela começa a segui-lás e elas com medo correram sem olhar para trás. A partir desse fato Tita não andou mais sozinha com medo da luz. E quando Tita ia dormir, a luz observava o seu sono de uma janela do quarto. Outras pessoas também disseram já ter visto essa luz, entre elas o sr. Manoel Chaves, sr.Idejalma, sr. Cacildo da Silva (atual secretário da EE João C. Mellão) e outros. A estranha luz percorria somente as terras que faziam parte da antiga Fazenda Água Sumida. A Tita (Maria Aparecida Puro) hoje conta não ter certeza de ter visto tal luz, na época ela acreditou ter visto a luz amarela e como as pessoas falavam muito dessa luz, inclusive a sua avó, imaginou tal luz a segui-lá. Para Tita o que ocorreu na época foi a criação no imaginário popular de uma lenda local: “luz amarela ou cor de ouro que vinha do nada a seguir as pessoas”, essa luz poderia ser a luz da lua refletida na terra.
Foto 17 Av. Adhemar de Barros esquina com Rua 6, onde aparece Marquinhos em frente à sua casa em foto de 1982. Em 2003 Marquinhos (Marco Antônio Moreira Gonçalves) era agente de saúde em Planalto
O sr. Idejalma José dos Santos chegou ao Planalto em 1955 com seis anos de idade. Foi aluno da professora Dona Romilda, uma professora muito severa com as crianças, que marcou sobremaneira a vida de muitos de seus alunos em Planalto do Sul, hoje ela é patrona da escola localizada no Bairro da Água Sumida (EE Romilda Lázaro Pillon dos Santos) em Teodoro Sampaio.
O sr. Idejalma dizia que na sua época de estudante,
costumava levar diariamente farofa com ovo cozido ou frio numa lata de leite
para comer na escola, pois naquela a escola não dava merenda. Ele morava num sítio a três quilômetros de
Planalto do Sul (onde é atualmente a Fazenda Planalto), estudava
com o intuito de melhorar economicamente a sua vida. A sua esposa, dona
Almerice Vieira dos Santos, que morava também nas redondezas do Distrito,
andava todos os dias mais de sete quilômetros para estudar. Na época de frio
sua mãe ficava com dó e não permitia que ela fosse à escola e colocava lenha no
forno de barro e colocava as crianças para se esquentar. Almerice dizia que os
alunos cantavam e pulavam quando a professora chegava à escola, quando voltavam
da escola as crianças passavam perto de um canavial alheio e pegavam
cana-de-açúcar para matar a fome. Nessa época não havia cercas ou muros para
segurar as crianças na escola, no entanto ninguém fugia da escola para matar
aula.O sr. Aleixo estudou na escola que se localizava na atual creche, nessa
época as crianças iam à escola com o “pé no chão” (descalços), com exceção de
algumas poucas meninas que iam de chinelos, muitos não comiam nada antes de ir
à escola e quando lá chegavam também não recebiam merenda. A escola não
oferecia comida, materiais e uniformes, a vida era dura naquela época, ao
contrário de hoje que os alunos têm quase tudo o que os alunos dos anos 60 e 70
não tinham.
Sueli de Fátima M. Pereira iniciou a sua carreira como
professora PEB-I em 1982 na EEPG João Mellão Nogueira, quando a escola ainda se
encontrava ao lado da antiga igreja, na Rua 9. Nessa época ela morava na
república da senhora Aparecida Nacbar Puro com outras professoras. Ela disse
que, quando chovia, a estrada ficava intransitável, se chovesse muito aparecia
goteiras dentro da escola antiga. A diretora da escola em 1982 era a sra Amélia
Katayama. No ano de 1987 Sueli acompanhou alunos da 3ª e 4ª séries
da escola até a cidade de Santos através do “Projeto interior na praia” do
governo estadual, nessa época a diretora era a sra Maria Camilo. Entre 1982 e
1995 (ano em que Sueli Pereira mudou-se para Teodoro Sampaio), o Distrito de
Planalto tinha muita movimentação de pessoas, o comércio era maior que nos dias
atuais, tinha a venda de Manoel Chaves, do seo Zacarias, do seo Lourival, tinha
o Bar Chaparral, o boteco da Dona Maria do Juca, o mercado do Souza, etc. No
ano de 2001 a professora Sueli deixa a EE João da Cruz Mellão, atualmente ela
trabalha na EE Assentamento Santa Clara.
Foto 19 – Banheiro (fossa negra) utilizada pelos alunos
quando a escola EEPG João Mellão Nogueira se localizava ao lado da Igreja São
Judas (na Rua 9)
Foto 20 - Bebedouro construído em 1981 para atender os alunos da EEPG João Mellão Nogueira.
A Professora Lourdes
veio para o Planalto do Sul em
1977, quando passou a lecionar na antiga
escola localizada na atual creche (prédio de madeira ao lado da igreja na Rua 9),
ela ficou na escola do Planalto nos seguintes anos: 1977, 79 e 80 e de 1989 até
hoje. Os seus alunos eram crianças dos sítios próximos do Planalto e alunos do
próprio Distrito, muitos destes ex-alunos tem filhos que estudam atualmente com
a professora Lourdes.
Foto 21 - Festa Junina com crianças de 1º à 4º séries na quadra da antiga escola no dia 25 de junho de 1983.
A professora Lourdes se aposentou em setembro de 2003 e pretende continuar a morar em Planalto, ela diz que a vida melhorou muito, tem correio, posto de saúde e posto bancário.
Atualmente o
sr. Manoel Chaves é um dos moradores
mais antigos do Planalto do Sul, hoje ele só pensa em sair do Planalto “no dia
em que Jesus Cristo chamar”. Aqui ele
criou oito filhos e nunca passou necessidades, aqui ele construiu um nome.
Foto 22 – A aluna Maria de Fátima Soares recebe os cumprimentos de seu padrinho, sr. Manoel Chaves, pelo segundo lugar no Concurso Rainha dos Estudantes de 1983.
A senhora
Aparecida Nacbar Puro está com 83 anos e diz que a vida das pessoas piorou,
pois as pessoas não arranjam serviço em Planalto, além disto o salário das
pessoas não dá para sustentar a família, nos anos 60 e 70 havia muito serviço e
o salário era razoável.
A antiga Fazenda Água Sumida hoje está subdividida em
várias partes e sob a administração de Jovelino Mineiro, que é casado com Maria
do Carmo, filha do ex-governador de São
Paulo, Roberto de Abreu Sodré, que por sua vez era casado com Maria do Carmo
Mellão, filha de João da Cruz Mellão7. Nas fazendas administradas
por Jovelino Mineiro, em torno de Planalto do Sul, as atividades predominantes
são a criação de gado de corte e plantação de soja.
A
Escola Estadual do Distrito de Planalto do Sul já teve vários nomes, o atual é
EE João da Cruz Mellão, mas já foi chamado de Primeira Escola Masculina do
Bairro Planalto do Sul, de Ginásio Estadual do Bairro da Estação, de EEPG do
Bairro de Planalto do Sul, de EEPG João Mellão Nogueira e finalmente EE João da
Cruz Mellão8. A primeira referência a uma escola em Planalto do Sul é de 05 de outubro de 1953
(tal como foi divulgado no livro do professor João Maria de Souza, Memorial
Theodoro Sampaio). Esta referência se encontra na página 5-verso do Livro de Visitas da Escola
Masculina do Bairro do Cerrado, município de Presidente Venceslau e que foi
transformado no Livro de Visitas da 1ª Escola Masculina do Bairro de Planalto
do Sul pelo Inspetor Escolar Substituto Adamastor de Carvalho.
Foto 23 - Vista aérea parcial de Planalto do Sul em 1993.
No dia 5 de outubro de 1953 o Inspetor
Escolar (atual cargo de Supervisor Escolar) Adamastor de Carvalho realizou a
primeira visita daquele ano à Primeira Escola Masculina do Bairro de Planalto
do Sul, nesse dia ele constatou que havia 39 alunos matriculados na escola, mas
que por causa da chuva estavam presentes apenas 12 alunos. As aulas nesta época
eram ministradas pelo professor Lázaro Marcondes Soares. No final do ano de
1953 havia 34 alunos matriculados, destes somente 14 foram promovidos, os
demais foram retidos, ou melhor, foram “conservados”, este era o termo usado
para alunos retidos naquela época (conservado). Provavelmente a escola já
existia antes desta época, mas não há documentos que mencione isto. A escola
manteve o seu primeiro nome até 31 de março de 1971, quando foi criado o
Ginásio Estadual do Bairro da Estação pelo decreto 52.597 publicado no Diário
Oficial em 31 de dezembro de 1970 e assinado pelo governador Roberto Costa de
Abreu Sodré9 . Segundo Ademar Zambrini, que deu aula na escola em
1971, a escola Ginásio Estadual do
Bairro da Estação se localizava inicialmente em Teodoro Sampaio na região da
Estação por isto recebeu esse nome, foi
transferido para o Planalto do Sul e manteve o nome Bairro da
Estação. Em 24 de janeiro de 1976 o nome da escola do Planalto
é mudado para EEPG do Bairro de Planalto do Sul. Em 17 de outubro de 1978, o
então governador Paulo Egydio Martins assina a Lei nº 1784/78 que altera o nome
da escola de Planalto do Sul para EEPG João Mellão Nogueira10. Em 1987 a diretora da escola, Maria Camilo da
Silva, solicita que o nome da EEPG João Mellão Nogueira seja alterado, isto
porque pediu ajuda à família João Mellão e esta se negou, pois a família não
reconhecia nenhum João Mellão Nogueira, dessa forma a escola tem o seu nome
alterado pela Lei nº 6071/88, assinado pelo governador Orestes Quércia, em 27
de abril de 1988 e passa a ser chamada de EEPG João da Cruz Mellão11.
Foto 24 - A Antiga Igreja São Judas Tadeu antes da reforma de 1992
Foto 25 - Local onde ficava o Posto de Saúde de Planalto do Sul entre 1987 e 1999.
Este breve trabalho só foi
possível de ser realizado com a
colaboração das pessoas entrevistadas,
da atenção e empenho importante de Selma Soares Barbosa (aluna do 1º ano do Ensino Médio em 2003),
das dicas, sugestões e materiais para consulta dados por Gerson Caminhoto e
esposa, além do importantíssimo e imprescindível mini-gravador da professora
Madalena Castelão (porque sem esse aparelho o trabalho seria muito mais
difícil).
A maior parte do conteúdo deste trabalho foi obtido
através de entrevistas orais com: Aleixo Lemos de Sousa, Idejalma José dos
Santos, Manoel Chaves Filho, Maria de Lourdes Sousa Leite Marin e Ramiro Francisco
de Eugênio.
Foto 27 – Desfile de alunos da EEPG João Melão na Semana da Pátria de 1987. Foto tirada da Av. Cuiabá, onde atualmente se encontram a Padaria do Mimi (do lado direito) e a Alfa Papelaria (do lado esquerdo).
Fotos 28 – A Fanfarra de Planalto do Sul desfilando no Distrito de Planalto do Sul em 1983.
Foto 27 – Desfile de alunos da EEPG João Melão na Semana da Pátria de 1987. Foto tirada da Av. Cuiabá, onde atualmente se encontram a Padaria do Mimi (do lado direito) e a Alfa Papelaria (do lado esquerdo).
Fotos 29 – O então vereador e professor Paulo Pires entregando diploma a Inês Vanderli Demico na Formatura de 1983.
Os moradores do Distrito de Planalto do Sul, quando
falam do seu local de moradia costumam colocar a preposição em antes de mencionar o nome
Planalto do Sul (Moro em
Planalto do Sul, ao invés de Moro no
Planalto do Sul; Aqui em
Planalto do Sul, ao invés de Aqui no
Planalto do Sul; Em Planalto
do Sul a situação, ao invés de No
Planalto do Sul..., etc), por isto procurei seguir este costume neste trabalho.
Professor
Luís Carlos Kerber
Foto 30- Rodeio de Planalto
do Sul no ano de 1993, quando só perdeu
em importância para o rodeio de Presidente
Prudente
Fontes
de Pesquisa utilizadas no trabalho:
1-João
Mellão Neto com a sua página na Internet www.mellao.com.br.
2,3
e 4 – Documento da Sub-prefeitura de Planalto do Sul, gestão de Gerson
Caminhoto.
5-Dados
do Censo do IBGE conseguidos na Prefeitura de Teodoro Sampaio sobre o Distrito
de Planalto do Sul.
6-Dados
fornecidos pelo Cartório Eleitoral de Teodoro Sampaio.
7-SODRÉ,
Roberto C. de Abreu – No Espelho do Tempo
(meio século de política). São Paulo , Ed. Best Seller, 1995
8,9,10
e 11 – Ata 01 (Livro de Visitas da 1ª Escola Masculina do Bairro de Planalto do
Sul).
Créditos
fotográficos:
Fotos 1, 2, 3 e cedidos por Maria do Carmo Mellão de Abreu Sodré.
Fotos 1, 2, 3 e cedidos por Maria do Carmo Mellão de Abreu Sodré.
Fotos
4,5, 6, 7, 12 e 15 cedidos por Aparecida
Nacbar Puro.
Fotos
8, 9, 10, 11, 13, 23, 30 e 31 cedidos por Gerson Caminhoto.
Foto
14 cedido por Mini Foto São Paulo.
Foto
16 cedido por Ademar Zambrini.
Foto
17 cedido por Maria do Carmo Gonçalves
Fotos
18,19, 20, 21, 22, 26, 27, 28, 29 e 32 cedidos pela EE João da Cruz Mellão.
Fotos
24 e 25 cedidos por José Augusto.
Foto 32 – Passeio dos alunos
da EEPG João Mellão Nogueira à Casa da Vovó Anita em Santos no ano de 1987. Na
foto aparecem a professora Sueli de Fátima M. Pereira,o menino Sílvio dos
Santos Amorim (hoje professor da escola), a menina Ivanilde Costa Ferreira
(hoje uma da cozinheiras da escola) e
outros.