sexta-feira, 24 de outubro de 2014

As memórias de Planalto do Sul (distrito de Teodoro Sampaio-SP) no ano de 2003

AS MEMÓRIAS DE PLANALTO DO SUL (2003)

Este trabalho foi realizado no ano de 2003 quando este professor trabalhava na EE João da Cruz Mellão. O trabalho teve início após uma conversa entre o então coordenador pedagógico da escola (José Francisco de Lima) e eu numa HTPC. As seguintes pessoas foram entrevistadas:

Aleixo Lemos de Sousa
Idade: 44 anos
Local de nascimento: Belo Horizonte, MG

Aparecida Nacbar Puro
Idade: 83 anos
Local de nascimento: Dois Córregos, SP

Idejalma José dos Santos
Idade: 54 anos
Local de nascimento: Presidente Venceslau, SP

Jaime Ananias Barbosa
Idade: 61 anos
Local de nascimento: Macaúbas, BA

Manoel Chaves Filho
Idade: 75 anos  
Local de nascimento:  Jequi, BA

Maria de Lourdes Sousa Leite Marin
Idade: 63 anos
Local de nascimento: Presidente Venceslau, SP

Ramiro Francisco de Eugênio
Idade: 76 anos
Local de nascimento: Bonito de Santa Fé, PB

Sueli de Fátima M. Pereira
Idade: não informada
Local de nascimento: Presidente Epitácio, SP



         

Foto 1 – Governador Abreu Sodré com o seu sogro João Mellão.


          João da Cruz Mellão foi  uma das pessoas que ajudaram muito no desenvolvimento de Planalto do Sul, pois ele doou boa parte da atual área urbana para que fosse construído um núcleo colonizador próximo à Fazenda Água Sumida (atual Fazenda Santa Maria). João Mellão, como preferia ser chamado, nasceu em São Manuel-SP, em 25 de dezembro de 1890, segundo João Mellão Neto, “seu avô era um de nove filhos de um sitiante pobre de São Manuel. Em 1918 se mudou para a cidade de Santos, onde fundou no ano de 1925 a Mellão Nogueira – Comissários Exportadores, que se tornou na década de 1950 em uma das três maiores exportadoras de café do mundo. Com os lucros provenientes do negócio do café, começou a desbravar fronteiras plantando o produto. Foi um dos pioneiros no desbravamento da região de São Manuel-Avaré, dando o seu nome à principal estrada rodoviária da região, a SP-255 – Rodovia João Mellão. Em 1943 fundou um banco, o Banco Brasileiro para a América do Sul, Brasul, um dos quinze maiores da época. Foi o segundo maior plantador de café do estado de São Paulo. Na década de 1930, dedicou-se a desbravar a região do Pontal do Paranapanema, levando infra-estrutura para a região e se tornando um grande proprietário rural dessa localidade. O Distrito de Planalto do Sul, provavelmente nasceu em função de seus empreendimentos no local. Militou na política apoiando Jânio Quadros em toda a sua carreira e, graças à sua influência, elegeu seu genro, Roberto de Abreu Sodré, como governador de São Paulo em 1967. João Mellão faleceu em um atropelamento na cidade de São Paulo no ano de 1970, nessa época estava com 79 anos de idade; residia na cidade de São Paulo desde 1937. Deixou um banco e cerca de 40 fazendas de alta produtividade, de café e gado.”1

         




Foto 2 - Governador Roberto de Abreu Sodré, em pé, discursando em 1967


         Roberto de Abreu Sodré era filiado à UDN (União Democrática Nacional), apóia e participa  do Golpe Militar de 1964 (que na sua visão é adjetivado de movimento revolucionário e democrático) e com a criação do bipartidarismo, ele adere à ARENA (Aliança Renovadora Nacional), Abreu Sodré sempre foi fiel às diretrizes programáticas da UDN e da ARENA (sucessora e herdeira natural da UDN). Tanto a UDN, quanto a ARENA defendiam os interesses dos grandes proprietários rurais. Jânio Quadros, que já foi vereador, deputados estadual e presidente do Brasil, foi filiado ao PDC, UDN e PTB-pós 1982, partidos que também defendiam os interesses dos grandes proprietários rurais. No caso de Jânio Quadros, ele utilizava as agremiações políticas como instrumentos para realizar os seus desejos e não vacilava em mudar de Partido se este não o apoiasse.



Foto 3 - Roberto Sodré no cargo de Ministro das Relações Exteriores recebe Fidel Castro

Segundo documentos emitidos pela então sub-prefeitura do Distrito de Planalto do Sul (gestão de Gerson Caminhoto), o povoado que deu origem ao Distrito de Planalto do Sul se formou a partir de 1945, portanto o povoado que deu origem ao Distrito de Planalto do Sul é mais antigo que o povoado que deu origem à cidade de Teodoro Sampaio. O nome Planalto do Sul vem do fato do local ser situado no alto de uma das inúmeras colinas aplainadas da região, como já existia uma cidade na região de São José do Rio Preto com o nome de Planalto, o Distrito passou a ser chamado de Planalto do Sul e foi oficializado como tal pela Lei Estadual nº 4954 de 27 de dezembro de 19852.

As divisas de Distrito de Planalto do Sul são: ao norte (Presidente Epitácio e Marabá Paulista) ou pelos rios Ribeirão da Lagoa (Água Sumida) e Rio Paraná; ao sul (Teodoro Sampaio) ou pelo rio Ribeirão Cuiabá; ao leste (Mirante do Paranapanema) ou pelo rio Ribeirão Água das Pedras; e a oeste (Euclides da Cunha Paulista e Rosana) ou pelos rios Córrego das Ivas e Córrego da Posse3. O Distrito de Planalto do Sul está distante 30 km de Teodoro Sampaio, 72 km de Presidente Epitácio, 32 km de Porto X e 53 km da Destilaria Alcídia4. Atualmente Planalto do Sul tem  uma população de 1114 pessoas na parte urbana5, com 1634 eleitores distribuídos em cinco seções eleitorais6 localizadas na EE João da Cruz Mellão.



Foto 4 - Vista da sede da Fazenda Santa Maria na década de 1970




Foto 5 - Outra vista da sede da Fazenda Santa Maria na década de 1970


       
          A Senhora Aparecida Nacbar Puro chegou  junto com o seu  finado marido (Lourenço Puro) ao Planalto do Sul em 1957, nessa época havia algumas casinhas isoladas, pastos e uma mata nativa com diversos animais selvagens (onças, macacos, veados, capivaras). O finado marido da senhora Aparecida Nacbar veio para ser o novo administrador da Fazenda Água Sumida (fazenda que na época possuía 18 mil hectares). A pedido do novo administrador da fazenda Água Sumida, João Mellão doou  as terras  que deu origem a uma parte de Planalto do Sul (Ruas 9, 15, 11 desde a Rua 2 até a Rua 18) , segundo sr. Manoel Chaves quem recebeu estas terras e as loteou foi Luís Xavier de Mendonça. A outra parte das terras que deu origem ao Planalto do Sul (núcleo original) pertencia a Luís Xavier de Mendonça. Era na parte doada por Luís Xavier de Mendonça, que se encontravam a pequena igreja de madeira e a escolinha de madeira, que se localizavam próximos do local, onde hoje, está o reservatório da Sabesp, no final da Rua 4,  na saída para Cuiabá Paulista.
Sr Manoel Chaves chegou na região de Marabá Paulista em 1947 e ficou até 1955,  depois foi trabalhar na serraria da fazenda Água Sumida no Distrito de Planalto do Sul  entre 1955 e 1961.Quando chegou em Planalto só havia duas pousadas no local e algumas casas, eram nessas pousadas que os ônibus que vinham de Presidente Venceslau, Terra Rica e Santo Anastácio tinham suas paradas para descanso. Os primeiros moradores da região foram: o alemão Elias Soloveu e  João Gonçalves da Rocha. Manoel Chaves comprou a pousada de Luís Xavier de Mendonça em 1961, nessa pousada tinha um restaurante e pensão para os viajantes. Entre 1957 e 1960 existiu um posto de gasolina em Planalto do Sul (onde hoje é a casa de  Nelson Gordo) e que pertencia a João Gonçalves da Rocha, que vendeu o posto mais tarde para Lourenço Puro. O posto de gasolina funcionou pouco tempo, pois Lourenço Puro deixava o filho Amauri tomando conta do posto e de um bar na maior parte do tempo,  muitas pessoas pegavam gasolina fiada e não pagavam, dessa forma o posto foi à falência. O atual posto de gasolina pertencia a Lázaro Siqueira e foi aberto em 1993.
O Sr. Ramiro Francisco de Eugênio chegou na região onde é hoje a fazenda Santa Ida em setembro de 1951 e passou a trabalhar para o  dono da fazenda, sr. Carlos Martins de Oliveira. Nessa época as pessoas derrubaram a mata e começaram a plantar café, que passou a ser o principal produto da região. Neste mesmo ano de 1951 o sr. Ramiro Francisco  conta que, no Planalto havia uma pousada que pertencia a Elias Soloveu e um bar um pouco afastado do povoado que pertencia a João Gonçalves da Rocha., além de umas casinhas isoladas. Era na pousada de Elias Soloveu que os ônibus que vinham de Pres. Venceslau em direção a Terra Rica faziam parada para descanso. Segundo o sr. Ramiro a estrada que ligava  o Planalto ao Paraná foi construída com o objetivo de desbravar toda a região onde se encontra Euclides da Cunha e Rosana, o norte do Paraná e o sul do  então Mato Grosso. Do lado do Paraná foram criadas várias colônias que deram origem a Terra Rica e outras cidades,  o empreendedor dessa vasta região foi  Ênio Pepinio, que recebeu uma preciosa ajuda do então governador de São Paulo Ademar de Barros (no  mandato de 1947 a 1951).  Antes da construção desta estrada não havia civilização além do Planalto em direção à Rosana e ao  estado do Paraná, era tudo uma imensa mata selvagem e virgem com muitos animais: onça, jacu, porco do mato, veado, tamanduá bandeira mirim, etc. De acordo com  Jaime Ananias, toda essa mata virgem foi sendo derrubada aos poucos pelos fazendeiros, grileiros e seus jagunços, que retiravam as madeiras nobres (peroba, ipê, cedro, cabreúva, etc) que eram vendidas para as inúmeras madeireiras, que transformavam as madeiras em dormentes da estrada de ferro Ramal dos Dourados.




                                           Foto 6 - Vista da Serraria da Fazenda Santa Maria






Foto 7 - Serraria da Fazenda Santa Maria na década de 1970




O sr. Jaime Ananias era filho de um ex-jagunceiro que atuou na área onde é atualmente a sede do Morro do Diabo, ele e seu pai chegaram nessa área em 1950. Ele conta que,  muitos fazendeiros da região de Teodoro Sampaio  aumentavam as suas posses utilizando-se de jagunços e grilando as terras do Estado, sem esses jagunços seria impossível manter uma grande quantidade de terras em seu poder. O Estado, por sua vez, tentou   expulsar os jagunços e grileiros das terras públicas, muitas vezes essas ações eram inócuas, já que grande parte dessas terras, ainda hoje, estão nas mãos desses fazendeiros e seus herdeiros. Em 1953 Jaime Ananias já morava na antiga Fazenda Era Nova (onde hoje se encontra a bifurcação das estradas que vão dar na Fazenda Santa Ida, Assentamento Água Sumida e Planalto do Sul) e trabalhava  nos cafezais da  Fazenda Promissão, sendo assim, ele passava sempre pelo Planalto do Sul. Em 1971 o sr. Jaime passou a morar em Planalto do Sul.


 O Planalto cresceu a partir da pousada de Elias Soloveu,  que ficava na atual Av. Ademar de Barros. As famílias de Planalto trabalhavam na lavoura (amendoim, algodão, mamona, milho, feijão e café). A lavoura mantinha o crescimento e a economia do local, quase tudo era comprado ali mesmo, o que faltava era buscado em Venceslau. Também existia uma serraria no Planalto (que funcionou inicialmente na fazenda Água Sumida e que fechou em 1984). Até 1984 as famílias que mexiam com a lavoura conseguiam guardar dinheiro, resultado da lavoura, essas famílias costumavam arrendar e tocar dois ou três alqueires de terras, tudo na mão, machado e sem o uso de maquinários. Trezentos alqueires de terras davam para até cem famílias e elas que movimentavam o comércio de Planalto, nessa época havia muito comércio de secos e molhados. O declínio da lavoura começou a partir de 1984, quando por má fé dos arrendatários da época ou pela ação do sindicato de trabalhadores rurais de Teodoro Sampaio começou a luta pelo uso-capião, com isto os fazendeiros deixaram de arrendar as suas terras para os pequenos colonos e passaram a criar gado ou a arrendar as terras  para produtores de soja e cana de açúcar. De 1984 para cá o comércio começou a fechar aos poucos. Em 1984 o comércio de secos e molhados do sr. Manoel Chaves chegou a ter seis funcionários e hoje somente ele trabalha na sua vendinha.


         
Foto 8 - Carnaval Tropical de 1993 em  Planalto do Sul



Atualmente o principal comerciante da cidade é o sr. Aleixo Lemos de Sousa, que chegou ao Planalto em 1962 quando tinha dois ou três anos de idade, a sua família mexia com lavoura. Em 1977, Aleixo vai para  São Paulo, voltando em 1990, a partir daí se dedica ao comércio, no início ele teve muita ajuda do sr. Manoel Chaves para estabelecer o seu comércio e hoje ele é o principal comerciante da cidade e dono também do atual posto de gasolina. Nos dias atuais quem ajuda a  manter o comércio do Planalto são os trabalhadores da Usina Alcídia que moram em Planalto e os pais e alunos do assentamento Água Sumida. O assentamento da Água Sumida começou a ser uma realidade a partir de 1984, isto fez com que muitos dos antigos colonos deixassem de trabalhar nas terras dos outros para trabalhar na sua própria terra.
  

          Durante a gestão do prefeito Gerson Caminhoto houve uma melhoria urbana no Distrito de Planalto do Sul com a criação da Sub-prefeitura, nessa época foi realizada a duplicação da Av. Ademar de Barros, a construção de uma praça destinando espaço para equipamentos públicos (posto de saúde, posto policial, posto do correio e posto telefônico) e a desapropriação de terras para a futura  construção de casas populares (casas que estão em construção atualmente e que foram conseguidas para o Distrito na gestão Caminhoto), a criação de uma creche, além da instalação de um posto bancário do Banespa inaugurado em setembro de 1994. Nesse período o Rodeio de Planalto do Sul passou a ser um dos mais importantes de toda a região, só perdendo em importância para o rodeio de Pres. Prudente, junto com esses rodeios ocorria também uma feira agropecuária. Nesse período também acontecia o Carnaval Tropical do Planalto do Sul. O surto desenvolvimentista que ocorreu nesse período foi um “sonho em uma noite de verão” que deixou marcado o Distrito de Planalto do Sul com novos equipamentos sociais e sensíveis melhorias urbanas. Para muitos moradores o único prefeito que deu atenção  ao Distrito de Planalto do Sul foi Gerson Caminhoto, que é saudado como um grande prefeito até hoje por muitos populares. Enquanto outros moradores fazem críticas em relação  a  algumas atitudes autoritárias que prejudicaram sitiantes do Distrito, uma parte destes criticam também  as posturas pessoais (privativas)  do chefe do executivo municipal. Os críticos, do então prefeito, alegam   o descumprimento de leis municipais e orçamentárias, favorecimentos a amigos, etc, o que levou a Câmara Municipal da cidade a decidir pelo afastamento do prefeito Gerson Caminhoto de suas funções. No entanto, depois desta gestão não houve grande empenho dos prefeitos para com o Distrito de Planalto do Sul.




Foto 9 - Avenida Adhemar de Barros antes da duplicação feita na gestão Caminhoto






Foto 10 - Desfile da fanfarra da cidade de João Ramalho numa atividade cívica em novembro de 1993. No lado direito em cima do palco, e com microfone na mão, o então prefeito Gerson Caminhoto


Foto 11 - Apresentação de paraquedista em Planalto do Sul em 1993



A atual estrada sem asfalto foi construída entre 1955 e 1956, o que fez melhorar a integração com a então vila  Teodoro Sampaio. O asfalto desta estrada só chegou entre 1981e 1982 com o então governador de São Paulo, Paulo Maluf (1979-1982). Antes do asfalto e na época de chuvas as estradas eram intransitáveis, as pessoas ficavam isoladas no Planalto por dias e dias, até que melhorasse o tempo ou a prefeitura desse um jeito na estrada.
 No início dos  anos 60 havia uma empresa de transporte chamada  Santo Antonio, que vinha de Pres. Venceslau até  Planalto do Sul, que usava  antigas jardineiras para transportar  roceiros e sitiantes até Marabá ou Vensceslau, a Santo Antonio atuou até o ano de 1965. A empresa Mar Azul ligava  Pres. Prudente até Terra Rica, passando por Mirante do Paranapanema, Cuiabá Paulista, Planalto do Sul e pelas terras das atuais Usina Alcídia e Fazenda Santa Rita,  depois se encaminhava para Terra Rica. A empresa Mar Azul  existiu até 1970, quando foi comprada pela Andorinha, antes disto as duas empresas eram concorrentes. A esposa do sr. Idejalma , Almerice Vieira dos Santos, costumava  pegar a jardineira (ônibus) para ir até Venceslau ou Marabá, e normalmente dividia o espaço com pessoas, galinhas, porcos e cachorros, todos os espaços da jardineira eram ocupados, inclusive a parte de cima do ônibus. Dona Aparecida Nacbar reclamava de algumas jardineiras que eram velhas demais e de vez em quando uma delas virava no meio da viagem, de tão carregada que era, quando isto acontecia, as pessoas tinham que continuar o percurso a pé, mas aí tinha o problema das onças que andavam nas matas e cruzavam a estrada de terra. Já segundo o sr. Ramiro, era  difícil de encontrar  uma onça durante o dia, pois elas costumavam perambular e caçar nas matas por volta das quatro horas da manhã, no entanto era comum  ver as pegadas e rastros das mesmas, ele chegou a ver muitos rastros e pegadas de onças próximos de sua propriedade.





Foto 12 - Amauri Passos com o seu ônibus fazia transporte de Planalto do Sul para Presidente Venceslau na década de 1970



Durante muito tempo os moradores do Planalto do Sul tinham dificuldades para sair do local e fazer compras em outras localidades, o que beneficiou o comércio local, pois não havia estradas boas, as famílias não tinham automóveis, muitos não tinham nem bicicleta, “quem tinha um carro naquela época era rei”, segundo Aleixo.
Em 1961 a eletricidade vinha de um motor a diesel que funcionava das cinco horas da manhã até dez horas da noite. Jaime Ananias disse que, entre 1975 (ano em que começou a trabalhar na EEPG João Mellão Nogueira) e 1977, ele ligava o motor diesel que levava luz elétrica para a escola, algumas vezes os alunos desligavam ou danificavam o motor diesel para não ter aulas de noite. Ademar Zambrini também disse que, em 1971, alunos mexiam no motor para apagar a luz da escola e não ter mais aulas.  Somente depois de 1977 a CESP trouxe eletricidade  ao Planalto do Sul. O sr. Ramiro conta que antes da luz elétrica, muitas pessoas para conservar os alimentos cavavam buracos no chão, colocavam muito sal, com isto mantinham a temperatura dos alimentos baixa e estável. Antes não havia abastecimento de água em Planalto do Sul, as pessoas tinham que cavar seus próprios poços de água,  quando precisavam de água puxavam com um balde, já que não havia eletricidade. Muitos moradores de fora de Planalto do Sul não tinham condições de fazerem seus poços, enquanto outros cavavam seus terrenos, mas não minava uma gota sequer de água, para estes -e para o próprio sr. Ramiro- a solução  era andar dezenas de quilômetros com  baldes na cabeça ou nas costas de mulas para buscar água em Planalto do Sul.    


   
Foto 13 - Vista aérea de Planalto do Sul em 1986



 O abastecimento de água do Distrito começou a ser feito depois que o DAE de Teodoro Sampaio assumiu  o compromisso de enviar água ao Distrito,   que  passou para as mãos  da Sabesp somente em 1973.
Segundo  o Sr. Manoel Chaves as terras que formaram o Distrito de Planalto do Sul foram doações de João da Cruz Mellão que doou 500 alqueires de terras para Luís Xavier de Mendonça, este dividiu as terras em pequenos lotes de 4 a 10 alqueires. Numa pequena parte destas terras foram construídas a escola e a Igreja, com materiais também doados por João da Cruz  Mellão. A primeira escola e a igreja foram construídas onde hoje se localiza o reservatório da Sabesp, foi por volta de 1968 que a igreja e a escola se mudaram para o local onde hoje  está a atual igreja e a creche, isto ocorreu na gestão de Sebastião Furlan na prefeitura de Teodoro, a atual escola (localizada na rua 8) foi construída na gestão de José Natalício por volta de 1980. A antiga Igreja de madeira foi desmontada e reconstruída no atual local onde se encontra a Igreja São Judas Tadeu, alguns dias depois ela foi derrubada por uma forte tempestade e  reerguida com a ajuda dos moradores. Naquela época o padre vinha uma vez por mês de Teodoro Sampaio para celebrar a missa, quando isto acontecia o padre soltava rojões para avisar os moradores da região que teria missa, que ocorria sempre por volta das oito horas da manhã, e não havia dia certo para a missa, nesses dias a igreja ficava lotada e muita gente assistia a missa do lado de fora da igreja.





Foto 14 - Vista aérea de Planalto do Sul em 1993



As festas e quermesses eram realizadas pela Igreja Católica com doações de porcos, galinhas e carneiros pela comunidade. Essas festas eram bem animadas, principalmente quando ocorria  leilão de animais doados pela comunidade, pessoas de outras localidades chegavam para participar das festas e quermesses do Planalto do Sul. A professora Sueli Pereira, que veio para Planalto do Sul em 1982, disse que havia bailes num barracão de madeira ao lado da escola velha, ela disse também que existia uma movimentação de pessoas e do comércio muito maior que os dos dias atuais.




Foto 15 - Casamento em Planalto do Sul. Da esquerda para a direita: Isaulina Targino e Lourival Targino, Carmélia e Aurélio Martins dos Anjos, José Pinto, Mário Abegão, Lourenço Puro e Aparecida Nacbar Puro em foto da década de 1960.


 A maioria dos moradores não tinha rádio até por volta de 1985-87, dessa forma ficavam sabendo com semanas de atraso sobre os acontecimentos do país ou mundo. A situação mudou um pouco na época que o sr.  Manoel Chaves instalou um alto-falante que passou a transmitir  modinhas feitas pelos moradores, oferecimentos e músicas, comunicados da Igreja, além disto anunciava quando uma pessoa ficava enferma ou morria. Ao entardecer  crianças e adolescentes brincavam de “tá quente, ta frio”, “passa anel”, “caí no poço”, “esconde-esconde”, biroca e outras brincadeiras sadias. Segundo o sr. Idejalma as  moças eram proibidas de assistirem partidas de futebol para não olharem as pernas dos moços. Os moços não tinham permissão de pegar nas mãos das moças. Os namoros da época só eram permitidos depois de muito tempo e conversa com os pais da moça, os namoros eram bem mais demorados e mais inocentes  que os de hoje.
          Segundo a senhora Aparecida Nacbar Puro as pessoas que adoeciam no Planalto do Sul eram levadas até Mirante do Paranapanema e se fosse mais grave eram levadas para Presidente Venceslau, isto porque não havia médicos em Teodoro Sampaio, que na época era também um povoado pequeno. Como não havia ambulâncias na região os doentes eram carregados em cima de carros de boi. Durante essa longa viagem o doente podia piorar e morrer na estrada. Os mortos de Planalto do Sul eram enterrados inicialmente no cemitério de Cuiabá Paulista. Quem fazia os caixões dos mortos em Planalto do Sul era o sr. Carolino, isto na serraria da fazenda Santa Maria, que ficava aproximadamente dois quilômetros da cidade. Para cobrir os caixões eram usados panos branco e azul quando morriam crianças e jovens, quando morriam adultos e velhos os panos utilizados eram preto e roxo.




Foto 16 - Comemoração de Sete de Setembro de 1971 em Planalto do Sul. Nas foto alunos do Ginásio Estadual do Bairro da Estação (então nome d atual EE João Mellão) em frente ao comércio do sr. Sousa.
              

       

 Dona Aparecida Nacbar Puro conta um fato estranho que vem  ocorrendo há muito tempo e, inclusive nos dias atuais: à noite surge uma luz próxima da mata e que ninguém descobriu o que é ou o que emite essa luz. Dona Aparecida diz que essa luz se transforma em uma mulher e até mesmo em carro, essa luz aparece sempre a mais ou menos 50 centímetros do solo, as pessoas tentam seguir a luz  mas nunca alcançaram, essa luz em cor de ouro se transformou em mulher para o seu filho Lauro e outras pessoas. A estranha luz nunca fez mal a ninguém, Dona Aparecida diz que o finado Lino uma vez se encontrou com essa luz e perguntou a ela o que ela queria, se era ouro para arrancar, a luz disse que era uma promessa a ser feita, então Lino não quis arrancar o ouro da luz para não ter que cumprir uma promessa. A neta de dona Aparecida, que se chama Tita, desdenhou dessa luz dizendo que tinha  um prazer em encontrar com a ela. Numa noite, quando Tita e algumas colegas estavam voltando de uma fazenda para o Planalto, uma luz amarela começa a segui-lás e elas com medo  correram  sem olhar para trás. A partir desse fato Tita não andou mais sozinha com medo da luz. E quando Tita ia dormir, a luz observava o seu sono de uma janela  do quarto. Outras pessoas também disseram já ter visto essa luz, entre elas o sr. Manoel Chaves,  sr.Idejalma, sr. Cacildo da Silva (atual secretário da EE João C. Mellão) e outros. A estranha luz percorria somente as terras que faziam parte da antiga Fazenda Água Sumida. A Tita (Maria Aparecida Puro) hoje conta não ter certeza de ter visto tal luz, na época ela acreditou ter visto a  luz amarela e como as pessoas falavam muito dessa luz, inclusive a sua avó, imaginou tal luz a segui-lá. Para Tita o que ocorreu na época foi a criação no imaginário popular de uma lenda local: “luz amarela ou cor de ouro que vinha do nada a seguir as pessoas”, essa luz  poderia ser a luz da lua refletida na terra.


Foto 17 Av. Adhemar de Barros esquina com Rua  6, onde aparece Marquinhos em frente à sua casa em foto de 1982. Em 2003 Marquinhos (Marco Antônio Moreira Gonçalves) era agente de saúde em Planalto 

O sr. Idejalma José dos Santos chegou ao Planalto em 1955 com seis anos de idade. Foi aluno da professora  Dona Romilda, uma professora muito severa com as crianças, que marcou sobremaneira a vida de muitos de seus alunos em Planalto do Sul, hoje ela é patrona da escola localizada no Bairro da Água Sumida (EE Romilda Lázaro Pillon dos Santos) em Teodoro Sampaio.
O sr. Idejalma dizia que na sua época de estudante, costumava levar diariamente farofa com ovo cozido ou frio numa lata de leite para comer na escola, pois naquela a escola não dava merenda. Ele  morava num sítio a três quilômetros de Planalto do Sul (onde é atualmente a Fazenda Planalto),  estudava  com o intuito de melhorar economicamente a sua vida. A sua esposa, dona Almerice Vieira dos Santos, que morava também nas redondezas do Distrito, andava todos os dias mais de sete quilômetros para estudar. Na época de frio sua mãe ficava com dó e não permitia que ela fosse à escola e colocava lenha no forno de barro e colocava as crianças para se esquentar. Almerice dizia que os alunos cantavam e pulavam quando a professora chegava à escola, quando voltavam da escola as crianças passavam perto de um canavial alheio e pegavam cana-de-açúcar para matar a fome. Nessa época não havia cercas ou muros para segurar as crianças na escola, no entanto ninguém fugia da escola para matar aula.O sr. Aleixo estudou na escola que se localizava na atual creche, nessa época as crianças iam à escola com o “pé no chão” (descalços), com exceção de algumas poucas meninas que iam de chinelos, muitos não comiam nada antes de ir à escola e quando lá chegavam também não recebiam merenda. A escola não oferecia comida, materiais e uniformes, a vida era dura naquela época, ao contrário de hoje que os alunos têm quase tudo o que os alunos dos anos 60 e 70 não tinham.




Foto 18 - Alunos no Campeonato Colegial realizado em Pres. Venceslau em 21.09.83 (fase de Delegacia de Ensino). Na camiseta dos alunos a entã denominação EEPG João Mellão Nogueira.




Sueli de Fátima M. Pereira iniciou a sua carreira como professora PEB-I em 1982 na EEPG João Mellão Nogueira, quando a escola ainda se encontrava ao lado da antiga igreja, na Rua 9. Nessa época ela morava na república da senhora Aparecida Nacbar Puro com outras professoras. Ela disse que, quando chovia, a estrada ficava intransitável, se chovesse muito aparecia goteiras dentro da escola antiga. A diretora da escola em 1982 era a sra Amélia Katayama. No ano de 1987 Sueli acompanhou alunos da 3ª e 4ª séries da escola até a cidade de Santos através do “Projeto interior na praia” do governo estadual, nessa época a diretora era a sra Maria Camilo. Entre 1982 e 1995 (ano em que Sueli Pereira mudou-se para Teodoro Sampaio), o Distrito de Planalto tinha muita movimentação de pessoas, o comércio era maior que nos dias atuais, tinha a venda de Manoel Chaves, do seo Zacarias, do seo Lourival, tinha o Bar Chaparral, o boteco da Dona Maria do Juca, o mercado do Souza, etc. No ano de 2001 a professora Sueli deixa a EE João da Cruz Mellão, atualmente ela trabalha na EE Assentamento Santa Clara.






Foto 19 –  Banheiro (fossa negra) utilizada pelos alunos quando a escola EEPG João Mellão Nogueira se localizava ao lado da Igreja São Judas (na Rua 9) 






Foto 20 - Bebedouro construído em 1981 para atender os alunos da EEPG João Mellão Nogueira.



A Professora Lourdes  veio para o Planalto do Sul  em 1977, quando passou a  lecionar na antiga escola localizada na atual creche (prédio de madeira ao lado da igreja na Rua 9), ela ficou na escola do Planalto nos seguintes anos: 1977, 79 e 80 e de 1989 até hoje. Os seus alunos eram crianças dos sítios próximos do Planalto e alunos do próprio Distrito, muitos destes ex-alunos tem filhos que estudam atualmente com a professora Lourdes.






Foto 21 - Festa Junina com crianças de 1º à 4º séries na quadra da antiga escola no dia 25 de junho de 1983.




A professora Lourdes   se aposentou em setembro de 2003 e pretende  continuar a  morar em Planalto, ela diz que a vida melhorou muito, tem correio, posto de saúde e posto bancário.
 Atualmente o sr. Manoel Chaves é  um dos moradores mais antigos do Planalto do Sul, hoje ele só pensa em sair do Planalto “no dia em que Jesus Cristo chamar”.  Aqui ele criou oito filhos e nunca passou necessidades, aqui ele construiu um nome.



Foto 22 – A aluna Maria de Fátima Soares recebe os cumprimentos de seu padrinho, sr. Manoel  Chaves, pelo segundo lugar no Concurso Rainha dos Estudantes de 1983.


 A senhora Aparecida Nacbar Puro está com 83 anos e diz que a vida das pessoas piorou, pois as pessoas não arranjam serviço em Planalto, além disto o salário das pessoas não dá para sustentar a família, nos anos 60 e 70 havia muito serviço e o salário era razoável.
A antiga Fazenda Água Sumida hoje está subdividida em várias partes e sob a administração de Jovelino Mineiro, que é casado com Maria do Carmo, filha  do ex-governador de São Paulo, Roberto de Abreu Sodré, que por sua vez era casado com Maria do Carmo Mellão, filha de João da Cruz Mellão7. Nas fazendas administradas por Jovelino Mineiro, em torno de Planalto do Sul, as atividades predominantes são a criação de gado de corte e plantação de soja.
          A Escola Estadual do Distrito de Planalto do Sul já teve vários nomes, o atual é EE João da Cruz Mellão, mas já foi chamado de Primeira Escola Masculina do Bairro Planalto do Sul, de Ginásio Estadual do Bairro da Estação, de EEPG do Bairro de Planalto do Sul, de EEPG João Mellão Nogueira e finalmente EE João da Cruz Mellão8. A primeira referência a uma escola  em Planalto do Sul é de 05 de outubro de 1953 (tal como foi divulgado no livro do professor João Maria de Souza, Memorial Theodoro Sampaio). Esta referência se encontra na  página 5-verso do Livro de Visitas da Escola Masculina do Bairro do Cerrado, município de Presidente Venceslau e que foi transformado no Livro de Visitas da 1ª Escola Masculina do Bairro de Planalto do Sul pelo Inspetor Escolar Substituto Adamastor de Carvalho.



Foto 23 - Vista aérea parcial de Planalto do Sul em 1993.






          No dia 5 de outubro de 1953 o Inspetor Escolar (atual cargo de Supervisor Escolar) Adamastor de Carvalho realizou a primeira visita daquele ano à Primeira Escola Masculina do Bairro de Planalto do Sul, nesse dia ele constatou que havia 39 alunos matriculados na escola, mas que por causa da chuva estavam presentes apenas 12 alunos. As aulas nesta época eram ministradas pelo professor Lázaro Marcondes Soares. No final do ano de 1953 havia 34 alunos matriculados, destes somente 14 foram promovidos, os demais foram retidos, ou melhor, foram “conservados”, este era o termo usado para alunos retidos naquela época (conservado). Provavelmente a escola já existia antes desta época, mas não há documentos que mencione isto. A escola manteve o seu primeiro nome até 31 de março de 1971, quando foi criado o Ginásio Estadual do Bairro da Estação pelo decreto 52.597 publicado no Diário Oficial em 31 de dezembro de 1970 e assinado pelo governador Roberto Costa de Abreu Sodré9 . Segundo Ademar Zambrini, que deu aula na escola em 1971, a escola  Ginásio Estadual do Bairro da Estação se localizava inicialmente em Teodoro Sampaio na região da Estação por isto recebeu esse nome,  foi transferido para o Planalto do Sul e manteve o nome   Bairro da   Estação. Em   24 de  janeiro de 1976 o nome da escola do Planalto é mudado para EEPG do Bairro de Planalto do Sul. Em 17 de outubro de 1978, o então governador Paulo Egydio Martins assina a Lei nº 1784/78 que altera o nome da escola de Planalto do Sul para EEPG João Mellão Nogueira10. Em 1987 a diretora da escola, Maria Camilo da Silva, solicita que o nome da EEPG João Mellão Nogueira seja alterado, isto porque pediu ajuda à família João Mellão e esta se negou, pois a família não reconhecia nenhum João Mellão Nogueira, dessa forma a escola tem o seu nome alterado pela Lei nº 6071/88, assinado pelo governador Orestes Quércia, em 27 de abril de 1988 e passa a ser chamada de EEPG João da Cruz Mellão11.






Foto 24 -  A Antiga Igreja São Judas Tadeu antes da reforma de 1992







Foto 25 - Local onde ficava o Posto de Saúde de Planalto do Sul entre 1987 e 1999.






           Foto 26 – Funcionários da EEPG João Mellão Nogueira em 1983: Amélia T. Katayama, Maria Aparecida da S. Lopes, Vera Lúcia de Lima, Cleuza M. Feitosa, Marilene S. dos Santos e Elenir P. Villas Boas. Atrás Jaime A. Barbosa, Eunice Sesti, Veronice Chaves, Sueli de Fátima M. Pereira, Ana Maria Bernardi, Maria da Conceição C. Feitosa e Divanir Francisco.
      



          Este breve trabalho só foi possível  de ser realizado com a colaboração das pessoas entrevistadas,  da atenção e empenho importante de Selma Soares Barbosa  (aluna do 1º ano do Ensino Médio em 2003), das dicas, sugestões e materiais para consulta dados por Gerson Caminhoto e esposa, além do importantíssimo e imprescindível mini-gravador da professora Madalena Castelão (porque sem esse aparelho o trabalho seria muito mais difícil).
A maior parte do conteúdo deste trabalho foi obtido através de entrevistas orais com: Aleixo Lemos de Sousa, Idejalma José dos Santos, Manoel Chaves Filho, Maria de Lourdes Sousa Leite Marin e Ramiro Francisco de Eugênio.



Foto 27 – Desfile de alunos da EEPG João Melão na Semana da Pátria de 1987. Foto tirada da Av. Cuiabá, onde atualmente se encontram a Padaria do Mimi (do lado direito) e a Alfa Papelaria (do lado esquerdo).









    Fotos 28 – A Fanfarra de Planalto do Sul desfilando no Distrito de Planalto do Sul em 1983.







Fotos 29 –  O então vereador e professor  Paulo Pires entregando diploma a Inês Vanderli Demico na Formatura de 1983.






Os moradores do Distrito de Planalto do Sul, quando falam do seu local de moradia costumam colocar a preposição em antes de mencionar o nome Planalto do Sul (Moro em Planalto do Sul, ao invés de Moro no Planalto do Sul; Aqui em Planalto do Sul, ao invés de Aqui no Planalto do Sul; Em Planalto do Sul a situação, ao invés de No Planalto do Sul..., etc), por isto procurei seguir este costume neste trabalho.

                                       Professor Luís Carlos Kerber





Foto 30- Rodeio de Planalto do Sul  no ano de 1993, quando só perdeu em importância para o rodeio de Presidente Prudente

Fontes de Pesquisa utilizadas no trabalho:
1-João Mellão Neto com a sua página na Internet www.mellao.com.br.
2,3 e 4 – Documento da Sub-prefeitura de Planalto do Sul, gestão de Gerson Caminhoto.
5-Dados do Censo do IBGE conseguidos na Prefeitura de Teodoro Sampaio sobre o Distrito de Planalto do Sul.
6-Dados fornecidos pelo Cartório Eleitoral de Teodoro Sampaio.
7-SODRÉ, Roberto C. de Abreu – No Espelho do Tempo (meio século de política). São Paulo , Ed. Best Seller, 1995
8,9,10 e 11 – Ata 01 (Livro de Visitas da 1ª Escola Masculina do Bairro de Planalto do Sul).



Créditos fotográficos:
Fotos 1, 2, 3 e  cedidos por Maria do Carmo Mellão de Abreu Sodré.
Fotos 4,5, 6, 7, 12 e 15  cedidos por Aparecida Nacbar Puro.
Fotos 8, 9, 10, 11, 13, 23, 30 e 31 cedidos por Gerson Caminhoto.
Foto 14 cedido por Mini Foto São Paulo.
Foto 16 cedido por Ademar Zambrini.
Foto 17 cedido por Maria do Carmo Gonçalves
Fotos 18,19, 20, 21, 22, 26, 27, 28, 29 e 32 cedidos pela EE João da Cruz Mellão.
Fotos 24 e 25 cedidos por José Augusto.





Foto 31 – Apresentação dos cavaleiros durante o rodeio de 1993. Na foto aparece a antiga bandeira de Teodoro Sampaio entre a bandeira de São Paulo e a bandeira do Brasil.







Foto 32 – Passeio dos alunos da EEPG João Mellão Nogueira à Casa da Vovó Anita em Santos no ano de 1987. Na foto aparecem a professora Sueli de Fátima M. Pereira,o menino Sílvio dos Santos Amorim (hoje professor da escola), a menina Ivanilde Costa Ferreira (hoje uma da cozinheiras da escola)  e outros.


quarta-feira, 8 de outubro de 2014